“Jesus, então, vendo a mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à mãe: ‘Mulher, eis teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis tua mãe!’ E, a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo 19)

 Assim começou a devoção à Santíssima Virgem, do alto da cruz, Cristo nos entregou à ela como filhos e, desde então, a Virgem Maria vem nos guiando por meio de suas aparições. Nos momentos mais importantes dos últimos milênios ela estava presente para nos amparar, desde La Salette, nos alertando do perigo de um clero mundanizado, até Fátima, para nos lembrar que devemos ser penitentes.

 São Luís Maria Grignion de Montfort foi um dos maiores responsáveis por propagar a devoção mariana. Após a descoberta da sua obra magna: “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem” – que ficou perdida aproximadamente 100 anos após a morte do santo – nasceu uma legião de missionários marianos.

 O Brasil foi um país escolhido por Maria, assim, temos como padroeira Nossa Senhora Aparecida. A vocação do nosso país não é ser indiferente a Cristo e, reinado pela corrupção e pelos prazeres, nossa pátria é chamada para a santidade. E Maria vem nos guiando.

 Nós nascemos para ser um país católico. Fomos descobertos pela ordem de Cristo, com suas navegações, que trouxeram a salvação para os índios.

 Em 1717, a Virgem Santíssima não veio a nós de corpo e alma como nas outras aparições, mas como uma imagem, uma pequena imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, achada milagrosamente por três pescadores no rio Paraíba. 

Por que uma imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição? Em 1646, Portugal foi consagrado à Imaculada, e exatamente por causa dessa belíssima proclamação de fé de Dom João IV, o Brasil foi povoado por diversas imagens de Nossa Senhora da Conceição. 

 Deus em sua bondade permitiu que Maria Santíssima viesse nos mostrar a vocação do povo brasileiro: o Brasil nasceu para ser um país católico!

 Não há como falarmos de Nossa Senhora Aparecida sem falarmos da vocação do Brasil, um país que nasceu com o sangue de um bispo, Dom Pero Fernandes Sardinha. Ele, com todo o seu desejo de salvar almas, veio até nosso continente e morreu pela sua missão, assassinado por índios canibais. 

 A imagem de Aparecida nos mostra que mesmo com nossa história quebrada, como estava a imagem, Maria ainda nos guia em nossa caminhada, reavivando a fé, a esperança e a caridade. 

No mês de outubro temos a solenidade de Aparecida, então devemos nos lembrar do maior ensinamento da Virgem Santíssima ao nosso povo: somos chamados a santidade – o mais humilde dos pescadores até o mais sofrido dos escravos, portanto, devemos instaurar todas as coisas em Cristo, porque somente assim seremos salvos.