A castidade é uma virtude moral e um dom de Deus, uma graça, um fruto do trabalho espiritual. O Espírito Santo concede a graça de imitar a pureza de Cristo a todos aqueles que foram regenerados pela água do Batismo. No momento do batismo, todos os cristãos comprometem-se a orientar a sua afetividade na castidade segundo o modelo de Cristo.

A castidade deve ser vivida pelos batizados segundo os seus diferentes estados de vida: uns, na virgindade ou celibato consagrado; outros no matrimônio, por meio da castidade conjugal; também os noivos são chamados a viver a castidade na continência. Eles farão, neste tempo de prova, a descoberta do respeito mútuo, a aprendizagem da fidelidade e da esperança de receberem um ao outro de Deus. Reservarão para o tempo do matrimônio as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade.

A castidade implica um exercício contínuo do domínio de si e nunca poderá considerar-se total e definitivamente adquirido. Aquele que quiser permanecer fiel as promessas do seu Batismo e resistir as tentações terá o cuidado de procurar os meios: o conhecimento de si, a prática de uma ascese adaptada às situações em que se encontra, a obediência aos mandamentos divinos, a prática das virtudes morais e a fidelidade à oração. A alternativa é clara: ou o homem comanda as suas paixões e alcança a paz ou se deixa dominar por elas e torna-se infeliz (CIC 2337-2350).

 

Luís Fernando Rossetto, catequista da Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos