Desde o começo do ano, o padre Antonio Fiori, SAC é o vigário da Rainha dos Apóstolos. Nascido em Ibiporã, ele foi ordenado sacerdote há 40 anos, quando tinha 27 anos de idade. Ele celebra aos domingos, às 11 horas. Missas em latim, no rito Paulo VI. As celebrações contam com a participação de jovens casais com filhos, o que o levou a conceber o projeto de implantar na paróquia a catequese Bom Pastor – a escolinha dos anjos – voltada às crianças que ainda não têm idade de frequentar a catequese. A ideia está sendo amadurecida. O “O Cenáculo” conversou com o novo vigário, que conta um pouco sobre a experiência de ser vigário e de como cultiva sua espiritualidade.

 

Como é ser o novo vigário da Rainha?

Pe. Fiori – Estou muito contente de ter esse título oficial, porque é uma paróquia que eu amo muito, onde eu passei a minha adolescência. Tenho muito carinho pela nossa comunidade. Quero colaborar cada vez mais com o padre Bruno (pároco). Ele é muito jovem e muito inteligente, e assim como eu, bom de convivência (risos).

Como o senhor prepara suas homilias?

Pe. Fiori – Preparar a homilia sempre foi algo muito central da minha vida sacerdotal, desde o primeiro dia do meu sacerdócio, aos 27 anos, em Arapongas. A preparação dela sempre foi algo sagrado. A homilia deve ser bíblica, litúrgica e prática.  Em primeiro lugar, eu prego para mim mesmo. Vejo minha percepção, o que é que me incomodou no estimulo que recebi da Palavra de Deus, da situação do mundo, das pessoas que escuto. Vejo como isso ressoa dentro de mim, daí eu transmito para o povo e, digo com muita humildade, eu sou muito bem-sucedido nesse campo (risos).

Como são seus momentos de espiritualidade?

Pe. Fiori – Eu não sou nenhum santo. Santo só Deus e Maria Mãe Imaculada, mas eu procuro praticar as orações continuas, andando na rua, dirigindo. Gosto muito da oração do peregrino russo: “Senhor Jesus, filho de Davi tende compaixão de mim”. Sempre pedindo a misericórdia de Deus para mim, para as pessoas e pelo mundo. Minha mente sempre é tomada pela presença de Deus, que foi um treinamento que fiz desde jovem. Além das orações formais, terço/rosário diário e liturgia das horas.

O senhor é bem ativo nas redes sociais. De que maneira podemos usá-las como instrumento de evangelização?

Pe. Fiori – Primeiro, sermos sempre verdadeiros, nunca agressivos, nunca desrespeitar ninguém, mas ao mesmo tempo sem concordar com coisas que vão contra a moral cristã e contra a família cristã, e sempre dando argumentos. Um país democrático tem que saber argumentar. Quando partimos para ofensas pessoais, agressões com aqueles que são diferentes de nós, não dará certo. Precisamos discutir ideias, não sentimentos.